🛠️ ESPAÇO DE ANÚNCIO (MODO DEV)
Slot: /23408374/cio-carreira
Tamanhos: [300,250], [750,450], [970,90]...

Grupo VR

Raio-X

Publicado: 08/12/2025 às 20:55
Leitura
9 minutos
Grupo VR
Construção civil — Foto: Reprodução

Convencer uma base de 16 mil clientes a usar cartões de tarja magnética, além de lançar o smart card refeição em São Paulo, são as metas do Grupo VR, que também investe, este ano, na integração das tecnologias CRM e ERP.

Depois de lançar o piloto de smart cards em Goiânia (GO), o Grupo VR aposta as suas fichas numa empreitada mais ousada. A partir desse semestre, a companhia lança o piloto do cartão com chip em São Paulo para os clientes do vale refeição e ainda quer desovar – para uma base de 16 mil empresas em todo o Brasil – o cartão de tarja magnética do produto alimentação.


Três por quatro

José Luis Vicente

  • Diretor de tecnologia da informação do Grupo VR desde junho.
  • Formado em Matemática, antes de entrar para o Grupo foi vice-presidente de desenvolvimento de sistemas na Orbitall.

    Desafio
    Manter um orçamento compatível com a necessidade de investimento para melhorar a performance dos serviços. O foco é disseminar o meio eletrônico e integrar ERP, CRM e Internet com o objetivo de suportar as transações com cartão.
  • A troca de papel pelo meio eletrônico contará com uma infra-estrutura de tecnologia da informação mais parruda, com investimentos em CRM (Customer Relationship Management) e a integração do ERP (Enterprise Resource Planning) à Internet e a outros canais de comunicação.

    Com essas e outras iniciativas, o grupo espera faturar R$ 3 bilhões esse ano contra os R$ 2,3 bilhões acumulados no exercício anterior. No portal www.vr.com – desenvolvido internamente e hospedado na GlobalOne – serão incluídos pelo menos três serviços para os clientes, com o objetivo de oferecer vantagens competitivas.

    Um desses projetos é a possibilidade de pequenas e médias empresas fechar a folha de pagamento via Web através de um serviço ASP (Application Service Provider), moldado para que a VR atraia um número maior de clientes. Segundo José Luis Vicente, diretor de TI do Grupo, ainda não foi definido o parceiro para a empreitada, mas ele adianta que não será um grande fornecedor de soluções do mercado.

    Na agenda do Grupo está também a compra de equipamentos por meio de leilão reverso, a ser realizado ainda em julho. “A minha função é alavancar estratégias e consolidá-las. Portanto, não posso perder tempo com a aquisição de equipamentos ou com upgrades de um parque heterogêneo composto por 800 estações de trabalho (IBM, Compaq e Dell) e mais de 180 impressoras também de fornecedores distintos (HP, IBM e Xerox)”, diz Vicente.

    Migração

    A crença nos cartões de plástico ganhou vulto porque, assim como todo o mercado, a companhia se apóia nas projeções e estatísticas, como a recente pesquisa apresentada pela Credicard, onde somente no primeiro trimestre de 2001, 82% dos clientes da administradora que compraram online usaram cartão de crédito, contra 77% em 2000.

    “Temos 12 mil cartões de tarja magnética do produto alimentação em circulação, mas a partir deste semestre lançaremos uma campanha com o objetivo de converter metade da base (400 mil cartões)”, afirma Vicente. O projeto, iniciado em 2000, obteve um salto de 4 mil para 12 mil clientes que, embora utilizem o papel para o vale refeição, já migraram para o VA (vale alimentação) na versão tarja magnética.

    Joaquim José Xavier da Silveira, vice-presidente comercial do Grupo, explica que o projeto também foi alavancado pela tendência de as empresas adotarem cada vez menos o papel. Nesse caso, dentre as vantagens, a principal delas é a economia e a facilidade de uso, uma vez que há possibilidade de perda de um contravale, por exemplo.

    Mesmo ainda em fase piloto, o smart card será, segundo o Grupo VR, uma realidade nacional. O projeto da companhia foi iniciado em Goiânia e deve ser expandido para São Paulo ainda nesse segundo semestre. Atualmente, quem desenvolve a tecnologia do cartão com chip é a Smart.Net – empresa de TI que, inclusive, processa os produtos refeição e transporte. Os chips são da francesa Gemplus e os POS (terminais de ponto de venda), da Hypercom.

    Transição

    Migrar do papel para o plástico ou chip é uma tarefa que exige alguns anos para que a economia comece a aparecer. No caso do Grupo VR serão necessários pelo menos três anos e meio, segundo Vicente, até que a empresa deixe de distribuir os produtos em formato papel e obtenha vantagens que cheguem a até 50% do ponto de vista orçamentário. Porém, de acordo com Silveira, vice-presidente comercial do Grupo, esse é o tempo hábil para que exista uma infra-estrutura de TI capaz de suportar as campanhas de marketing e as estratégias que a companhia pretende levar à mesa do consumidor.

    Os dois projetos – chip e tarja – exigem um avanço do CRM do Grupo, que há cinco anos trabalha com o Vantive na parte de atendimento ao cliente. Naquela época, a empresa implementou a versão 4.0 na área de help desk e, posteriormente, novos módulos que culminaram na versão 8.2.1 implementada no ano passado. O call center é administrado pela CSM (Cartões de Segurança S/A) e operado por 17 funcionários da VR, para atender aos clientes corporativos. Outros funcionários, aliados à infra-estrutura da Atento atendem os clientes pessoa física.

    Segundo Vicente, o Grupo está implementando ferramentas que lhe permitam conhecer o histórico de cada funcionário de sua base de clientes. “Estamos instalando o módulo de vendas”, conta o diretor de TI. Segundo ele, o Vantive Self Service permitirá o auto-atendimento dos clientes pela Web. “Ele faz o pedido e pode saber a data de entrega dos tickets, por exemplo.” Para suporte à esta nova infra-estrutura, a companhia achou necessária a aquisição de mais 2 Terabytes de disco de armazenamento com tecnologia EMC, adicionados aos 400 GB anteriores.

    A estratégia será complementada pela adoção, nos próximos dois meses, de ferramentas de business intelligence, da Business Objects ou da Cognos. “A idéia é obter informações de todos os canais: Internet, portal, ERP, call center”, afirma Vicente.

    À altura

    Diante da nova postura que a companhia quer imprimir ao mercado, um modelo de gestão começou a ser implantado no primeiro semestre de 2000, por meio do pacote ERP PeopleSoft 7.70 GA. A equipe responsável pelo projeto é formada por aproximadamente 15 pessoas entre consultoria e profissionais da própria VR. “Antes contávamos com um ERP desenvolvido internamente mas, diante dessa avalanche de projetos, houve a necessidade de trazer um software de gestão que apresentasse maior aderência”, lembra Silveira.
    Para a escolha da tecnologia, a companhia abriu uma concorrência onde participaram também a Oracle e a SAP, que apresentaram produtos tão bons quanto o escolhido, mas com valores superiores.

    A implantação do PeopleSoft será concluída em setembro, sendo que já operam os módulos de contabilidade e ativo fixo e, a partir desse mês, entram em ação os sistemas de contas a pagar, estoque por consumo, orçamento, despesas, compras e recursos humanos. Numa última etapa, serão instalados os módulos de estoque para material de compras, contas a receber, tesouraria e fiscal. “Não adotamos a versão Web do ERP porque esse projeto era um dos assuntos urgentes do ponto de vista estratégico do Grupo VR”, conclui Vicente.


    RAIO-X

    GRUPO VR

  • Faturamento 2000 – R$ 2,3 bilhões
  • Estimativa de faturamento 2001 – R$ 3 bilhões
  • Orçamento previsto para TI – não divulgado
  • Base de clientes – 17 mil, sendo 3 mil grandes corporações
  • Parque instalado de software – ERP: Peoplesoft versão 7.70 GA; software de escritório: Office da Microsoft; sistema operacional: HP-UX; banco de dados: Sybase 11.92; CRM: Vantive 8.2.1
  • Parque instalado de hardware – Servidores: 8 Risc e 10 Intel; Storage EMC; Workstations: 800 (Dell, Compaq e IBM)
  • Rede de telecomunicações – maior parte Compugraph e AT&T com 15 pontos de rede espalhados pelo país.

  • Lado a lado

    Como CEO (Chief Executive Officer) do Grupo VR desde 1998, Claudio Szajman analisa a importância da tecnologia da informação para a corporação e declara a necessidade de suporte da TI.

    CW – Como a área de tecnologia da informação se relaciona com as estratégias corporativas?
    Szajman –
    A área de TI faz parte do comitê executivo do Grupo VR, fórum onde as decisões e o alinhamento estratégico do grupo VR acontecem.

    CW – Qual a importância da TI para a companhia, já que a meta é migrar para os meios eletrônicos (cartões inteligentes e com tarja magnética)?
    Szajman –
    Como os produtos estarão embarcados em tecnologia a importância é estratégica, não só operacional.

    CW – Qual a meta do Grupo VR esse ano?
    Szajman –
    Nossa meta é crescer 30% em volume de vendas. Queremos também, até o final do ano, ter a maioria dos nossos clientes fazendo seus pedidos pela Internet.

    CW – Qual a sua visão sobre a TI atualmente? Citar pontos altos e baixos e explicar.
    Szajman –
    Entendo que TI é um assunto amplo que deixou, nos últimos anos, de ter um tratamento puramente operacional. A função e o assunto ganharam importância estratégica. Com a chegada da Internet e o entendimento do seu real valor agregado para empresas, empresários e a própria sociedade, veremos cada vez mais a grande influência da tecnologia no consumo pessoal e profissional (B2B/B2C), fazendo com que, mais uma vez, nós tenhamos que entender de tecnologia, talvez não pelo lado técnico, mas pela sua funcionalidade e posição estratégica.

    |Computerworld – Edição 345 – 11/07/2001|

    As melhores notícias de tecnologia B2B em primeira mão
    Acompanhe todas as novidades diretamente na sua caixa de entrada
    Todas
    Imagem do ícone
    Notícias
    Imagem do ícone
    Revistas
    Imagem do ícone
    Materiais
    Imagem do ícone
    Eventos
    Imagem do ícone
    Marketing
    Imagem do ícone
    Sustentabilidade
    Inserir e-mail
    Autor
    Notícias relacionadas