O desenvolvimento e manutenção de sistemas alcança cada vez mais destaque no Brasil. Mais da metade do orçamento das empresas para inovações em TI é gasto nessa área que se tornou essencial para o crescimento das companhias, segundo pesquisa da Information Services Group (ISG), empresa de pesquisa e tecnologia, distribuída pela TGT Consult no Brasil. […]
O desenvolvimento e manutenção de sistemas alcança cada vez mais destaque no Brasil. Mais da metade do orçamento das empresas para inovações em TI é gasto nessa área que se tornou essencial para o crescimento das companhias, segundo pesquisa da Information Services Group (ISG), empresa de pesquisa e tecnologia, distribuída pela TGT Consult no Brasil.
O relatório “ISG Provider Lens Next-gen Application Development & Maintenance (ADM) Services 2020” para o Brasil aponta que, mesmo com as adversidades causadas pela pandemia da Covid-19, as empresas conseguiram se adaptar e continuar a produção. Segundo o estudo, os executivos se preocuparam com a capacidade de venda de suas equipes trabalhando em casa, mas isso logo se provou não ser um problema. Diversas companhias declararam crescimento, mesmo que o mercado tenha desacelerado em 2020.
“O ano de 2020 foi muito marcante, pois acelerou a transformação digital e a otimização dos serviços ágeis para poder responder às mudanças de mercado”, explica Pedro L. Bicudo Maschio, autor da pesquisa. Com a pandemia da Covid-19, essa agilidade passou a ser muito mais importante. Ele explica que as empresas mais ágeis responderam melhor às mudanças do mercado e conseguiram entregar resultados melhores.
O relatório da ISG mostra que o desenvolvimento e a manutenção de sistemas se torna cada vez mais importante para as empresas. “Essa é a principal área que necessita de auto-eficiência para desenvolver serviços de alta qualidade dentro de um orçamento competitivo”, diz Maschio.
Um problema, segundo o estudo, é que as companhias gastam muito dinheiro com a manutenção desses sistemas, perdendo a oportunidade de investir em inovação. Como solução, surgiram as metodologias ágeis com o intuito de acelerar esse processo, causando menos gastos nessa área e mais com inovação. O autor da pesquisa destaca, no entanto, que o grande desafio “ é encontrar o equilíbrio entre garantir que os sistemas funcionem da melhor forma possível e continuar introduzindo novas tecnologias”.
Segundo a pesquisa, a prática de DevOps também cresceu, à medida que crescia a necessidade de automatizar testes contínuos dos softwares. No entanto, o relatório diz que ainda não estão disponíveis ferramentas que cubram todos os aspectos de integração contínua, cabe às prestadoras de serviço auxiliar as empresas a encontrar a melhor combinação de softwares e técnicas para tal fim.
O relatório aponta, ainda, a técnica shift-right – técnica que consiste em habilitar a captação de dados nos aplicativos e fornecê-los às ferramentas que utilizam Inteligência Artificial – como tendência nessa área. Isso auxilia fornecedores a automatizar as esteiras de integração e entrega contínua (CI/CD) dos clientes e encontrar problemas de desempenho. Segundo o estudo, essa técnica é utilizada por poucas empresas, já que a maioria ainda utiliza a técnica shift-left, na qual o foco da coleta é para evitar erros no início do desenvolvimento.
“Vimos em nossos clientes uma explosão da demanda pelo acréscimo de novas células ágeis ou de produtos digitais, o que fez com que buscassem estes serviços em vários fornecedores indistintamente”, diz Omar Tabach, Managing Partner da TGT Consult.
O foco agora deve ser descobrir quais fornecedores tecnológicos são mais eficientes e aderentes a as peculiaridades de sua necessidade de forma a melhorar a experiência do usuário, recomenda o estudo.
