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A imperativa reinvenção da inovação aberta

A inovação aberta está em um momento de transformação inevitável e mandatória no Brasil. Depois de anos de euforia com hubs de startups, hackathons e programas colaborativos dominando o cenário, o mercado agora inspira mais cautela. Vejo que muitas empresas têm revisitado iniciativas antes consideradas como indispensáveis, seja pela falta de resultados concretos e absolutamente […]

Publicado: 06/12/2025 às 05:06
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4 minutos
Ilustração digital de um cérebro futurista brilhando em azul, com circuitos eletrônicos e conexões simbolizando inteligência artificial e tecnologia avançada. Linhas de luz e pontos conectados se espalham pelo fundo escuro, criando uma sensação de rede neural e inovação tecnológica, Superinteligência, neuralink
Construção civil — Foto: Reprodução

A inovação aberta está em um momento de transformação inevitável e mandatória no Brasil. Depois de anos de euforia com hubs de startups, hackathons e programas colaborativos dominando o cenário, o mercado agora inspira mais cautela. Vejo que muitas empresas têm revisitado iniciativas antes consideradas como indispensáveis, seja pela falta de resultados concretos e absolutamente inconclusivos, pela necessidade de cortar custos ou pelo foco maior em eficiência do que em experimentação.

O que começou com muita empolgação e poucas métricas claras para medir impacto agora precisa evoluir para uma abordagem muito mais pragmática e orientada a resultados reais. Hoje, a meta é garantir um retorno efetivo sobre os investimentos. Isso reflete o amadurecimento de um conceito que, longe de perder força ou estar em declínio, se firma como uma peça-chave para o crescimento estratégico das empresas. Agora, a inovação aberta exige reinvenção e confiança mútua: as startups precisam compartilhar ideias e tecnologias com segurança, enquanto as grandes corporações querem ter a absoluta certeza de que o esforço valerá a pena, com soluções escaláveis e rentáveis.

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Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), os investimentos brasileiros em tecnologia ultrapassaram US$ 50 bilhões em 2023, colocando o país entre as dez maiores potências do setor. A projeção era de crescimento de 6% em 2024. Apesar disso, o Brasil ainda ocupa a distante 50ª posição no Índice Global de Inovação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, um reflexo de barreiras estruturais que dificultam seu avanço. Por este contexto, é evidente para mim que o país ainda está longe dos países desenvolvidos em termos de inovação, com desafios que limitam o potencial de crescimento desse ecossistema.

Para as startups, o cenário também é desafiador. A busca por capital ficou mais difícil, com fundos priorizando eficiência e estabilidade. Dados da Abstartups mostram que 62,5% das startups brasileiras nunca receberam investimentos. Além disso, muitas enfrentam a burocracia das grandes corporações, que costumam ter processos lentos e pouco adaptados ao dinamismo dessas novas empresas. Aprovações internas envolvendo áreas como jurídico, TI e cibersegurança frequentemente atrasam projetos decisivos, gerando frustrações e comprometendo a capacidade das empresas de inovar. Estamos num momento de inflexão do modelo e precisamos nos perguntar: Como é possível, então, criar um ambiente no qual a inovação possa se expandir verdadeiramente?

É fundamental ter um ponto de virada imediato nesse novo capítulo da inovação aberta. As startups precisam se qualificar e estar preparadas para atender às demandas de um mercado mais exigente. Certificações técnicas e de governança, por exemplo, são um caminho para garantir credibilidade e alinhamento com grandes empresas, além de proporcionar a atração de investidores. Para as corporações, essas certificações ajudam a reduzir riscos e trazem mais segurança para os investimentos em tecnologia e ajudam a construir parcerias verdadeiras, conectando expectativas de curto e longo prazo.

Mais do que nunca, precisamos de uma grande mudança de mentalidade, envolvendo também uma abordagem de “experimentação calculada”: testar com metas claras, avaliar resultados continuamente e promover conexões sólidas entre startups, investidores, grandes empresas e até o setor público. Essa é a hora de agir decisivamente, reavaliando ações, com foco em iniciativas que gerem valor real, com retorno financeiro, operacional e estratégico, alinhadas a um propósito de crescimento sustentável.

Se o Brasil quer se tornar um líder global em inovação, precisa ir muito além do investimento em tecnologia. É necessário repensar como o país enxerga o futuro. Temos o potencial de liderar um movimento transformador, mas isso depende de colaboração entre empresas e startups, redução de barreiras e construção de um ecossistema ágil e resiliente. O segredo está em desafiar práticas ultrapassadas e priorizar da forma correta a inovação como pilar essencial. O futuro está em construção — e o Brasil pode, sim, ser o protagonista dessa história.

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