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Reescrever as regras: o DNA da inovação disruptiva

Inovação disruptiva é, antes de tudo, uma questão de escuta e sensibilidade estratégica. Não se trata de lançar o produto mais sofisticado, mas de entender as dores e aspirações de públicos sistematicamente ignorados. Como destaca Clayton Christensen, as grandes viradas acontecem quando soluções simples demais para os líderes conquistam quem sempre esteve à margem. O segredo […]

Publicado: 06/12/2025 às 19:34
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Um homem vestido formalmente, segurando um tablet, com elementos gráficos digitais projetados no ar. Os ícones incluem um foguete, símbolos de inteligência artificial (AI), pesquisa, gráficos de crescimento, alvos e instituições financeiras. A cena transmite inovação, tecnologia e crescimento empresarial (startups, startup, inovação, disrupções, Sebrae, PWC, inovação)
Construção civil — Foto: Reprodução

Inovação disruptiva é, antes de tudo, uma questão de escuta e sensibilidade estratégica. Não se trata de lançar o produto mais sofisticado, mas de entender as dores e aspirações de públicos sistematicamente ignorados. Como destaca Clayton Christensen, as grandes viradas acontecem quando soluções simples demais para os líderes conquistam quem sempre esteve à margem. O segredo não está na tecnologia em si, mas no modelo de negócio que transforma conveniência em valor percebido.

A diferença entre inovação incremental e disruptiva é fundamental. A incremental aprimora o que já existe, tornando produtos e serviços melhores para quem já é cliente. A disruptiva, por outro lado, cria novos mercados ou transforma setores inteiros, oferecendo soluções mais simples, baratas e acessíveis – frequentemente consideradas “inferiores” no início. O Harvard Business Review reforça que a disrupção é menos sobre tecnologia e mais sobre acesso, escala e novos modelos de negócio.

Leia mais: Sua IA está ansiosa? Como gerir o “humor algorítmico” dos modelos de linguagem

Segundo a McKinsey, 60% das empresas tradicionais subestimam inovações nascentes. Em 2000, a Blockbuster ignorou a Netflix, que na época enviava DVDs pelo correio. Em 2010, quebrou. Hoje, 85% do entretenimento é digital, conforme dados da Statista. O erro clássico das grandes empresas é olhar apenas para o presente rentável, ignorando sinais fracos que indicam mudanças profundas no comportamento do consumidor.

A Netflix não venceu por tecnologia superior, mas por trocar a posse de DVDs pelo acesso via streaming. O Nubank também não reinventou o sistema financeiro com ferramentas sofisticadas, mas com simplicidade de uso e ausência de taxas, conquistando milhões de brasileiros antes ignorados por bancos tradicionais. A Tesla transformou carros elétricos em símbolos de status, tornando-se mais valiosa que as dez maiores montadoras do mundo somadas.

Liderança ágil e o papel do exemplo

Empresas estabelecidas frequentemente caem em armadilhas clássicas: obcecam-se por margens altas, ignoram mercados emergentes, mantêm estruturas rígidas e temem canibalizar seus próprios modelos. O resultado é a perda de relevância diante de entrantes mais ágeis e ousados. Plataformas descentralizadas já desafiam bancos e corretoras, abrindo espaço para novas formas de inclusão financeira.

Startups bem-sucedidas não têm respostas definitivas, mas hipóteses testáveis. Segundo o MIT Sloan Management Review, 76% pivotam ao longo do caminho. O Slack, por exemplo, nasceu como um jogo – e virou uma plataforma corporativa. O segredo está na agilidade de testar, aprender e ajustar rapidamente.

A cultura ágil é central nesse processo. A Amazon realiza dezenas de milhares de experimentos por ano com sua infraestrutura digital. O Spotify funciona com squads autônomos que aceleram decisões. Startups já simulam cenários com inteligência artificial generativa para evitar surpresas. Não há fórmula, mas há padrão: testar, descentralizar e antecipar.

O próximo round já começou. Segundo relatório recente da Gartner, quase metade das novas disrupções até o fim da década virá de tecnologias como IA generativa, Web3, bioimpressão, Earth intelligence e segurança contra desinformação. Ferramentas como o ChatGPT reduzem drasticamente os custos de prototipagem, enquanto startups já criam tecidos e órgãos humanos em laboratório. Ao mesmo tempo, a tokenização desafia bancos e corretoras, mudando a lógica de confiança e intermediação financeira. Essas tendências, identificadas entre as 12 principais disrupções tecnológicas emergentes, devem ser prioridade para líderes que buscam vantagem competitiva nos próximos anos.

O cenário é de incerteza radical, mas também de oportunidades exponenciais. A inovação disruptiva não destrói mercados – ela reescreve seu código genético. Não se trata de romper o que existe, mas de reconstruir o que faz sentido. Muda o que conta como valor. Tira o foco do que é eficiente e coloca no que é relevante. Christensen já dizia: inovar disruptivamente é um ato de humildade. Exige escutar os esquecidos, agir com coragem e aceitar o desconforto do desconhecido.

Como ressalto em Mapa da Liderança, “o verdadeiro sucesso não se encontra na busca pela perfeição, mas na habilidade de transformar desafios em oportunidades de crescimento e de inspirar outros a seguir o mesmo caminho”.  No fim das contas, liderar hoje não é ter as respostas. É ter coragem de redesenhar o mapa enquanto se caminha. O futuro pertence a quem se dispõe a aprender com o erro, ouvir o que ninguém escuta e transformar incerteza em vantagem competitiva. Em mercados cada vez mais imprevisíveis, a verdadeira liderança é aquela que aposta no novo antes que ele se torne óbvio.

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