É crescente a procura por profissionais na área de cibersegurança. Isso porque houve um avanço da transformação digital nas empresas, mas também a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), tornando ainda mais importante a figura do especialista em segurança da informação em grandes companhias e startups. Segundo relatório do (ISC)², […]
É crescente a procura por profissionais na área de cibersegurança. Isso porque houve um avanço da transformação digital nas empresas, mas também a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), tornando ainda mais importante a figura do especialista em segurança da informação em grandes companhias e startups.
Segundo relatório do (ISC)², uma das principais organizações da área, o mercado de cibersegurança emprega 2,8 milhões de pessoas em dez países, porém o déficit global de mão de obra na área é de 4 milhões, com maior falta de profissionais na região da Ásia e Pacífico (2,6 milhões) e depois, América Latina (600 mil). Apesar dos desafios de encontrar talentos, o Brasil representa a segunda maior força de trabalho no setor, atrás apenas dos Estados Unidos.
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“Transformação digital é um dos motivos para avanço da área de segurança da informação. O fato é que todo mundo tem canal de comunicação digital com mercado, tanto com consumidores, quanto com parceiros, fornecedores. Aumenta o nível de exposição à tecnologia e, consequentemente, ao risco. Por outro lado, LGPD é um assunto em vigor e isso eleva consideravelmente o nível de risco”, explica Paulo Moraes, diretor do Talenses Group, consultoria de recrutamento e seleção.
Empresas de tecnologia, startups e instituições financeiras são as companhias que mais procuram especialistas em segurança da informação e outras posições na área, como analistas, coordenadores, gerentes e também executivos de nível mais alto, como os chamados CISOs (da sigla em inglês, Chief Information Security Officer). A constatação é a mesma em relação a outras funções no setor de tecnologia, segundo Moraes. “Recrutar profissionais de tecnologia não tem sido fácil nos últimos tempos.”
Uma busca no LinkedIn revela quase 200 vagas para o cargo de especialista em segurança da informação em firmas de auditoria e consultoria, varejistas, bancos, seguradoras e startups de diversos segmentos. Em sites de vagas de emprego, existem centenas de oportunidades listadas.
De acordo com o guia salarial da Spring Professional, especialista em recrutamento de nível sênior, a remuneração para especialistas em segurança parte de R$ 8,3 mil e pode chegar a R$ 12 mil, conforme o porte da empresa. Já para o cargo de gerente da área, o salário varia entre R$ 14 mil e R$ 18,5 mil. Um analista de segurança sênior, por sua vez, pode ganhar entre R$ 9.150 e R$ 18.700, segundo o Guia Salarial Robert Half 2021.
Em geral, profissionais de tecnologia costumam ser bastante técnicos, e no caso de segurança da informação não é diferente, diz Moraes, do Talenses Group. Segundo ele, são necessários conhecimentos de segurança na nuvem, criptografia, além de certificações específicas da área, assim como conhecimento sobre governança, riscos e compliance. Mas não dá para ignorar as habilidades comportamentais, como comunicação, capacidade de relacionamento e resiliência.
Em outras palavras, é um profissional que não pode se acomodar, reforça o especialista. “Exige curiosidade, antecipar e antever cenários e riscos para evitar que tenha algum tipo de problema ou contingência lá na frente”, explica. Em seu guia salarial, a consultoria de recrutamento Robert Half também lista habilidades comportamentais importantes para quem atua em tecnologia: visão de negócios, comunicação, relacionamento interpessoal, agilidade e inovação.
