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EUA x China: sanções americanas impulsionam autossuficiência tecnológica chinesa

Em meio à escala da rivalidade entre duas superpotências, a China e os Estados Unidos, há algo em comum entre elas: ambas reconhecem a importância da inovação como segredo para a superioridade geopolítica, econômica e militar. Isso é o que Cassio Pantaleoni, escritor do livro “Humanamente Digital: Inteligência Artificial Centrada no Humano” e responsável pela nova unidade de negócios de Inteligência Artificial […]

Publicado: 10/12/2025 às 16:46
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Cássio Pantaleoni durante o Integrity Forum 2024. Imagem: divulgação.
Construção civil — Foto: Reprodução

Em meio à escala da rivalidade entre duas superpotências, a China e os Estados Unidos, há algo em comum entre elas: ambas reconhecem a importância da inovação como segredo para a superioridade geopolítica, econômica e militar. Isso é o que Cassio Pantaleoni, escritor do livro “Humanamente Digital: Inteligência Artificial Centrada no Humano” e responsável pela nova unidade de negócios de Inteligência Artificial da Quality Digital, acredita. 

Quando se trata de IA, as nuances se intensificam ainda mais, já que “o objetivo principal é o mesmo para as duas partes: ter um domínio sobre a tecnologia da inteligência artificial”, diz Pantaleoni. Segundo ele, esse domínio é crucial, pois a IA tem o potencial de influenciar profundamente a cultura e o modo de vida global, trazendo benefícios estratégicos para quem detiver a tecnologia mais avançada. 

Leia também: Valor da IA é mensurado a partir de produtividade e eficiência

A atenção sobre o tema é tão urgente que o investimento global no setor da IA registrou um aumento substancial de 24% em relação ao trimestre anterior, culminando num valor de financiamento de US$ 13,1 bilhões – o valor mais elevado registado desde o início do ano passado, segundo dados da CB Insights.  

Ainda de acordo com a instituição, o financiamento da IA nos EUA foi o que mais contribuiu para este valor, com uns impressionantes US$ 9,3 bilhões de entradas. A Ásia ficou em segundo lugar, com um aumento de 6% em relação ao último trimestre. 

Entretanto, o executivo reconhece que existem diferenças nas estratégias adotadas pelos países. Segundo ele, os ecossistemas da China e dos EUA são muito diferentes, possuindo seus prós e contras. A China, por exemplo, possui grande capacidade de escalabilidade, adequação do produto ao mercado e de tornar os produtos acessíveis, além de estar investindo em formar mão de obra qualificada em IA. 

Mas, nessa corrida tecnológica, o país norte-americano segue dominando a tecnologia, já que o “acesso aos processadores mais rápidos do mundo está praticamente nas mãos dos Estados Unidos, com a fabricação sendo feita majoritariamente na Coreia. O desenvolvimento desses processadores, no entanto, é dominado por companhias americanas”, afirma o executivo. 

Apesar disso, o jogo não está ganho. Segundo informou a agência de notícias estatal Xinhua, o presidente chinês, Xi Jinping, espera que a ciência e a tecnologia permitam que seu país supere os Estados Unidos. Em resposta, os políticos dos EUA têm adotado uma combinação de controles de exportação e sanções na tentativa de impedir que a China ganhe vantagem tecnológica. 

China se reinventa apesar das sanções 

A estratégia do presidente chinês parece surtir efeito, já que apesar da superioridade americana em hardware, a China está rapidamente se reinventando para desafiar essa hegemonia. 

O país oriental avança rapidamente no desenvolvimento de hardware próprio e busca alternativas em parcerias com outros países para mitigar a dependência da tecnologia americana. 

O governo estadunidense, interessado em conter os avanços chineses, agora busca a ajuda de aliados como Japão e Holanda. Esses esforços visam restringir o acesso da China a chips de memória de alta largura de banda (HBM), componentes essenciais para o desenvolvimento de IA. 

Durante anos, os EUA implementaram uma série de controles de exportação para limitar a capacidade da China de adquirir e fabricar semicondutores avançados. No entanto, “apesar dos controles de exportação dos EUA, as empresas chinesas, como a Huawei, estão desenvolvendo seus próprios aceleradores de IA, potencialmente contornando algumas das restrições existentes”, afirma Pantaleoni. 

Para o executivo, essas sanções refletem a defesa americana contra o orientalismo, com o objetivo de proteger sua cultura e influência. “Os Estados Unidos não buscam mais acesso a dados, mas querem garantir que as regiões que atualmente fornecem dados continuem a fazê-lo”, afirma. 

Com o avanço do governo chinês em hardware, o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem (LLMs) tem acelerado rapidamente no país, com vários modelos chineses listados entre os melhores do mundo, de acordo com a CB Insights. Este progresso levou a um crescimento substancial no mercado chinês de LLMs, com receitas projetadas para alcançar 22 bilhões de yuans (US$ 3 bilhões) este ano.  

Assim, as sanções americanas podem ter surtido o efeito oposto ao esperado, impulsionando a inovação interna e potencialmente levando a China à autossuficiência em tecnologias críticas no longo prazo, o que poderia transformar o cenário tecnológico global. 

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