🛠️ ESPAÇO DE ANÚNCIO (MODO DEV)
Slot: /23408374/cio-carreira
Tamanhos: [300,250], [750,450], [970,90]...
Febraban Tech
Febraban Tech 2025
IA
inteligência artificial

IA pode reproduzir vieses ou quebrá-los. Solução passa por mais mulheres no comando

A inteligência artificial (IA) está reconfigurando a forma como empresas operam e pessoas interagem com o mundo. Mas, em um País marcado por desigualdades estruturais, o avanço dessa tecnologia levanta um alerta. E se ela ampliar, em vez de reduzir, as lacunas sociais e de gênero? Essa foi a provocação central do painel “Diversidade e […]

Publicado: 06/12/2025 às 12:13
Leitura
4 minutos
Cinco mulheres sentadas em cadeiras brancas no palco de um evento de tecnologia. Elas participam de um painel sobre diversidade e inteligência artificial, com um telão ao fundo exibindo a imagem ampliada da moderadora falando ao microfone. O ambiente é moderno, com iluminação cênica e público ao fundo. Foto: Déborah Oliveira
Construção civil — Foto: Reprodução

A inteligência artificial (IA) está reconfigurando a forma como empresas operam e pessoas interagem com o mundo. Mas, em um País marcado por desigualdades estruturais, o avanço dessa tecnologia levanta um alerta. E se ela ampliar, em vez de reduzir, as lacunas sociais e de gênero?

Essa foi a provocação central do painel “Diversidade e liderança feminina na era da IA”, realizado no segundo dia do Febraban Tech, em São Paulo, com a participação de quatro mulheres que lideram agendas estratégicas em tecnologia e inclusão no mercado nacional.

“A IA pode escalar soluções ou problemas”, alertou Renata Marques, CIO da Natura para a América Latina. Para ela, o primeiro passo para virar o jogo da sub-representação feminina em tecnologia é reconhecer o problema. “Sem mulheres em cargos de liderança, fica mais difícil frear os vieses nos algoritmos e na cultura. Precisamos de intencionalidade, ou seja, vagas afirmativas, mentoria entre mulheres e ações claras de inclusão”, afirmou.

Hoje, menos de um terço dos profissionais que atua com IA no mundo é de mulheres, segundo dados da Unesco. O risco, como apontaram as executivas, é de que essa ausência se reflita nos próprios sistemas inteligentes, treinados a partir de dados que reproduzem preconceitos de gênero, raça e classe.

No Banco do Brasil, iniciativas como o programa de mulheres na TI e a AcademIA, criada para capacitar os 85 mil funcionários em inteligência artificial, têm buscado mudar essa realidade. “Dos 25 mil inscritos no AcademIA, 40% eram mulheres e a maioria nunca havia trabalhado com tecnologia”, contou Marisa Reghini, VP de Negócios Digitais e Tecnologia do Banco do Brasil. “Mostramos que IA não é só para homens ou gênios. Ela pode ser para todo mundo, mas precisamos ensinar o caminho.”

Mulheres e a IA

A educadora e empreendedora social Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), reforçou a importância de traduzir a IA para a realidade das mulheres em todo o Brasil, especialmente para as empreendedoras nas regiões mais vulneráveis. “Elas, muitas vezes, só têm acesso a aplicativos de mensagem, não a vídeos ou ferramentas de IA. Estamos mostrando, na prática, como criar um anúncio ou programar uma IA para escrever um texto. Precisamos tirar essa aura de que IA é coisa de outro planeta”, disse.

Valéria Marretto, diretora de RH do Itaú Unibanco, destacou que o tema da diversidade precisa sair da agenda exclusiva do RH e se tornar temática de todos, especialmente do CEO e do comitê executivo. “A educação é o único caminho para transformar o País, mas também precisamos atuar agora. A IA traz a possibilidade de personalizar o aprendizado e democratizar o acesso ao conhecimento, se enfrentarmos a barreira da infraestrutura.”

Indo além dos desafios, a conversa também trouxe uma visão otimista. A IA pode, sim, ser uma aliada na redução das desigualdades, desde que mulheres estejam liderando, ou sendo parte ativa, da sua construção, sua governança e sua aplicação. “Se aproveitarmos esse momento em que todos estão aprendendo, as mulheres podem sair à frente”, disse Marisa.

Para Renata, da Natura, a IA traz uma vantagem competitiva que combina perfeitamente com habilidades tradicionalmente femininas: empatia, escuta ativa e colaboração. “A era da força ficou para trás. Agora, são essas competências que vão moldar as máquinas e o mundo que queremos”, finalizou.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

As melhores notícias de tecnologia B2B em primeira mão
Acompanhe todas as novidades diretamente na sua caixa de entrada
Todas
Imagem do ícone
Notícias
Imagem do ícone
Revistas
Imagem do ícone
Materiais
Imagem do ícone
Eventos
Imagem do ícone
Marketing
Imagem do ícone
Sustentabilidade
Inserir e-mail
Notícias relacionadas