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Especial Storage – Tudo na rede

Armazenamento de dados em rede é a tendência apontada por dez entre dez fornecedores de soluções de storage.

Publicado: 08/12/2025 às 10:07
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Especial Storage – Tudo na rede
Construção civil — Foto: Reprodução

Se um fornecedor de storage é solicitado a indicar a melhor arquitetura de armazenamento, não tenha dúvidas de que a resposta se resumirá a três letras: SAN (Storage Area Network). Os fabricantes argumentam que uma rede dedicada exclusivamente à conexão entre servidores e dispositivos de storage – fundamento básico das SANs – se traduz em um diferencial operacional importante para os usuários que vêem o número de informações crescer exponencialmente em seus sistemas de informação.

É claro que existem outras possibilidades, entre elas o armazenamento dos dados no próprio servidor e as soluções de NAS, ou storage anexado à rede (veja matéria na página 24), mas as SANs permitem a centralização do gerenciamento das plataformas de armazenagem em um ponto de administração comum, capaz de suprir todas as necessidades de estoque e gerenciamento dos dados, dizem os especialistas.

Ademais, o fato de que, com uma SAN, o storage passa a ser uma área virtual dentro da empresa (com possibilidades irrestritas de ampliação do número de servidores e demais dispositivos de armazenamento conectados ao novo ambiente de rede) também corrobora os argumentos em favor da nova tecnologia.

Um aspecto, contudo, ainda parece requerer ações mais planejadas para que os projetos de SAN emplaquem definitivamente. Na maioria das vezes, as soluções de fornecedores diferentes não são compatíveis entre si, o que tem se revelado um estorvo para o mercado de armazenamento. “Manter o cliente preso a um único fabricante pode até dificultar o desenvolvimento do mercado de SAN”, sintetiza Paulo Bosco, gerente de produto de storage da Sun Microsystems, empresa que se diz filiada da entidade norte-americana SNIA (Storage Networking Industry Association).

Boa causa

À frente das iniciativas voltadas à criação de um padrão de comunicação entre os dispositivos de armazenamento, para que eles conversem entre si sem empecilhos operacionais, pode-se dizer que a SNIA enxerga uma causa mais nobre. O que se pode depreender é que a idéia básica da organização é aumentar a participação das arquiteturas de SAN – tidas como o futuro do mercado de armazenamento de dados – nos orçamentos dedicados aos projetos de storage.

De acordo com a IDC, em 1999, menos de 10% dos US$ 30 bilhões investidos mundialmente em soluções de armazenamento de dados foram destinados à criação de Storage Area Networks. Num universo mais reduzido, mas nem por isso menos representativo, a situação parece não ser diferente. Apesar de pretender contar com uma SAN em breve, todos os usuários de storage ouvidos para esta reportagem (veja matéria na página 19) ainda não possuem a arquitetura.

Por outro lado, as projeções de crescimento da adoção de soluções de SAN são generosas. A própria IDC prevê que, até 2003, os projetos de NAS e SAN vão corresponder a mais de um terço do mercado de storage em disco, estimado em US$ 46 bilhões. Mas, a se guiar pela opinião dos principais players do setor, para que este panorama se concretize, os próprios fornecedores terão que aumentar a quantidade de soluções interoperáveis.

“Queremos permitir homogeneidade”, salienta Bosco, acrescentado que, em ambientes abertos, a empresa oferece soluções capazes de montar redes de armazenamento de dados com capacidade entre 160 Gigabytes e 160 Terabytes. O executivo diz ainda que a compatibilidade entre os dispositivos que compõem os ambientes de SAN também é importante para as iniciativas de venda de storage sob demanda.

Nesse sentido, ao mesmo tempo em que mantém-se interessada em atuar com projetos de storage abertos, a empresa vem lançando mão do programa Pay As You Grow. Trata-se de uma iniciativa que implica a venda de no mínimo 500 Gigabytes de capacidade de armazenagem, em períodos pré-determinados, por meio de contratos com os usuários.

Ausência de padrão

Iniciativas de storage utility à parte, o fato é que preservar o legado de armazenamento decorrente de investimentos anteriores em soluções de storage se traduz num dos principais apelos de venda dos projetos que se propõem a atuar com um padrão único de comunicação entre os dispositivos inseridos numa SAN. “Não queremos vender produtos proprietários”, afirma Patricia Seno Fusaro, gerente para América Latina de estratégias de vendas e programas de marketing da IBM.

“A própria parceria com a Compaq mostra que estamos interessados na proteção dos investimentos já feitos por nossos clientes, pois garante interoperabilidade entre as soluções”, diz Patricia Fusaro, em referência ao acordo de storage anunciado entre as duas empresas, no ano passado. No outro lado não se pensa diferente. De acordo com Péricles Maia, gerente de negócios da área de storage da Compaq, a parceria com a big blue também pode ser apontada como um fator que irá facilitar a venda de produtos capazes de conversar entre si quando interligados.

Além de parcerias, o lançamento de novas soluções também tem sido o caminho escolhido pelas empresas de armazenamento que querem prospectar novos projetos de open SAN. A própria Compaq tornou disponível um pacote de soluções, o VersaStor. De acordo com Maia, o produto está alinhado à estratégia de permitir que suas soluções sejam compatíveis com as bases de armazenamento já instaladas.

“A idéia é evitar que o usuário fique amarrado a um sistema que ele já possui”, resume o executivo da Compaq. Na mesma linha está a Storagetek, cujas soluções de armazenamento de dados vão de fitas e discos, a fitotecas robotizadas, passando também por produtos de conectividade (como hubs e switches).

Segundo David Zini, diretor comercial e de marketing da empresa, o SN 6000, um dos últimos lançamentos da Storagetek, foi desenvolvido exatamente para permitir que os clientes que tenham plataformas distintas possam unificar suas estruturas de storage, utilizando o conceito VSN (Virtual Storage Manager). “Com esta solução, mesmo que o usuário tenha uma colcha de retalhos, poderá contar com uma estrutura de storage concentrada”, defende Zini.

Feito em casa

Possibilitar que seus clientes estejam aptos a administrar a própria SAN também parece ser uma das iniciativas da Hitachi Data Systems, empresa cujo faturamento global com projetos de storage está rondando a casa dos US$ 1,5 bilhão, de acordo com Vazken Proudian, country manager da companhia no Brasil. “Não queremos uma solução 100% própria”, diz o executivo. “Mas nossa abordagem é sobre todas as topologias de conexão”, completa. Vazken defende que os projetos de SAN são ideais para as grandes empresas, pois resolvem a falta de flexibilidade das soluços de NAS.

Para garantir compatibilidade entre o seu padrão e o dos demais fabricantes do mercado, o executivo diz que a Hitachi está lançando mão de parcerias. Entre estes casos, ele cita a Brocade e a Mcdata. “Essa filosofia de acordos nos diferencia”, acredita o country manager da Hitachi Data Systems. “Poderíamos fabricar switches, mas não haveria compatibilidade”, ele diz.

Focada exclusivamente em plataformas open, a Sentry, outra fornecedora do setor, é mais uma empresa que defende que os fabricantes de soluções de storage devem se preocupar com a preservação dos investimentos feitos pelos usuários. “Na hora de oferecer um upgrade, muitos fornecedores orçam custos tão altos que os clientes são coagidos a não fazê-lo”, conta Manoel Ramas, diretor comercial da Sentry.

Com a meta de faturar US$ 28 milhões em 2001, mais que o dobro do que representou a operação no ano passado, a empresa diz que o hardware hoje representa a parte menos importante nos projetos de armazenamento. Um dos pontos fortes da empresa, diz Ramas, é a criação de uma carteira de parceiros certificada. Para isso, a companhia espera aumentar sua capilaridade, via integradores baseados no Nordeste e no Sul do país.

“Se conseguirmos identificar seis parceiros me darei por feliz”, antecipa Ramas, acrescentando que os projetos de storage exigem dedicação exclusiva dos revendedores. “Storage tem que ter flexibilidade, pois a informação é o ativo mais importante das empresas hoje em dia”, conclui.


De olho no mercado aberto

Focada especialmente na venda de pacotes de software para o mercado de armazenamento, a Computer Associates diz que sua estratégia de storage está ampliada para muito além do ambiente mainframe.

De acordo com Roberto Hindrikson, gerente de desenvolvimento de programas de marketing da companhia, a atuação da CA no mercado de armazenamento está totalmente ligada à iniciativa SANITI (Storage Area Network Integrated Technology Initiative).

“A idéia é facilitar o gerenciamento da arquitetura SAN, já que a solução permite visualizar e administrar todos os software nas máquinas de storage”, diz Hindrikson.

|Computerworld – Edição 342 – 23/05/2001|

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