A Visanet apresentou hoje, 14, ao mercado a solução Lynx – desenvolvida em parceria com o Instituto de Engenharia do Conhecimento, da Universidade de Madrid que permitirá aos bancos emissores de cartões Visa reconhecer possíveis fraudes nas transações em um sistema único preservando o sigilo das informações.
Hoje, 14, a Visanet apresentou ao mercado o Lynx, solução de segurança que pontua as operações com cartões de débito ou crédito realizadas no Brasil a partir de redes neurais, porque simula a gestão de risco comparado ao comportamento do cérebro humano.
Desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia do Conhecimento, da Universidade de Madrid – que auxiliará na gestão de risco, monitorando todas as transações de cartões Visa realizadas no Brasil – o projeto recebeu um investimento de US$ 2,5 milhões. Como a solução trata apenas das transações do cliente, a eficiência é que o Lynx trabalha com 31 variáveis com várias combinações para identificar se houve uma fraude até chegar no possível local onde ela aconteceu.
A partir de março o sistema entra em operação nos bancos e cinco deles já estão em fase de implantação: Banco do Brasil, Bradesco, Real e Banespa. Juntos, eles representam mais de 50% das transações com cartões Visa; são acionistas da Visanet e membros do Conselho de Administração da empresa. Em junho, o programa estará totalmente integrado.
Diferente de outros países, onde os bancos custeiam a aquisição e instalação de sistemas neurais próprios, aqui as instituições financeiras não terão custo inicial para usufruir do produto que pode, ainda, ser personalizado, afirma Antonio Machado Júnior, diretor executivo de qualidade e risco da Visanet.
Machado Júnior explica que o sistema não é online, mas near time para não interferir nas transações. Segundo Machado Júnior, em até três minutos o banco poderá obter as informações, via extranet, em seus equipamentos e o custo é de centésimos de centavos por transação, ressarcindo à Visanet apenas os custos que serão reduzidos por causa dos ganhos de escala da operação.
O banco emissor receberá um alerta que pontuará de 1% a 100% a possibilidade de a operação ser ou não fraudulenta. Para o estabelecimento, funcionará com um sinalizador, reduzindo os riscos para ambos.
Apesar de o Lynx atingir as transações no território nacional, o México e a Argentina apresentam interesse na aquisição do sistema. Existe uma intenção de ampliar a iniciativa para operações no exterior, mas ainda sem data definida, adianta Machado Júnior.
Wanderley Barreto, diretor da área de controle e risco da Visanet, disse que precisou de um ambiente próprio para obter altos níveis de performance e consistência no conhecimento de possíveis fraudes.
Adquirimos um IBM RISC com capacidade de 180 Gigabytes para armazenar os dados em pacotes chegando até um bilhão de transações de cartões de crédito, com a possibilidade de expandirmos essa memória. Além disso, o sistema baseado em EMC, roda em Linux e banco de dados Oracle.
Para a infra-estrutura de telecomunicações o tratamento também é diferenciado para obtenção de uma comunicação, através de uma linha dedicada para cada banco, onde a Embratel é responsável pelo link. Barreto ressalta que o sistema não está disponível na Internet porque, um dos motivos, é a questão da segurança na rede.