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Especial ERP II: linha do tempo

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Os sistemas de gestão serão parte de uma solução global. Por Alfredo Pollito Neto.

Publicado: 07/12/2025 às 21:04
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6 minutos
Especial ERP II: linha do tempo
Construção civil — Foto: Reprodução

Quando falamos do mercado de sistemas de gestão, os chamados ERP´s (Enterprise Resource Planning), algumas dúvidas pairam no ar. O ERP chegou ao fim? Ainda é tempo de adquirir um ERP? Posso partir para o comércio eletrônico sem ter adquirido sistema integrado de gestão?
Como sempre, as respostas dependem de inúmeros fatores, que vão desde o país no qual estas perguntas estão sendo feitas, até o objetivo e o porte das empresas em questão.

Se analisarmos o ERP, sua origem, suas adaptações e suas tendências futuras, conseguiremos achar estas respostas, até com alguma facilidade.
Na década de 80, as empresas desenhavam seus sistemas para atender às necessidades das unidades de negócios, dividindo a informação em diversas “caixinhas”, fragmentadas pelos seus departamentos, e desenvolvidas internamente pelas áreas de informática.

Nesta época, não era raro encontrar os famosos “gênios” desenvolvedores de sistemas, que desenhavam as soluções, mostravam aos usuários (que fingiam que entendiam), disponibilizavam o sistema, e se tornavam a pessoa mais importante da empresa. Se fossem embora, ninguém mais conseguiria extrair sequer um relatório gerencial daquele produto, que se dizia moderno, e seguia os mais rígidos padrões da análise estruturada.

Vantagem competitiva

O mercado foi então saturando-se das soluções caseiras e começaram a ganhar força, nas empresas manufatureiras, os pacotes prontos, inicialmente apenas para os processos de materiais, os MRPs (Material Resource Planning), que em seguida evoluíram e passaram a se chamar MRP II (Manufacturing Resource Planning), agrupando em um único sistema, funções de programação mestre de produção, cálculo de capacidades, controle de chão de fábrica, controle de compras e vendas.

Ainda com o objetivo de ampliar a abrangência de seus produtos, os fornecedores de soluções começaram a agregar ao produto novos módulos de gerenciamento, como finanças, controladoria, recursos humanos entre outros, dando origem então o ERP, sistema capaz de suportar todas as necessidades de informação das empresas, mesmo as não manufatureiras.

A conclusão que tiramos aqui é que, até então, o ERP se propõe a resolver problemas internos das empresas, eliminando sistemas legados e integrando todas as áreas, gerenciando melhor a informação e agilizando os processos. Certo? Podemos responder que, nos meados dos anos 90, sim.

As empresas viram nos ERP´s soluções para seu dia-a-dia que, embora caras, pagar-se-iam com o passar do tempo, eliminando os sistemas obsoletos, centralizando os recursos de processamento de transações e prometendo informações gerenciais precisas.

Mas só isto não bastava. Qual a efetiva vantagem competitiva? Melhorar os processos internos? E como conseguir o apoio dos usuários, visto que as aquisições eram sempre decisões top down, sem clareza aos funcionários, gerando implantações extremamente traumáticas.

Os fornecedores de soluções continuaram a trabalhar, aprimorando seus pacotes de gestão, procurando avançar no mercado, buscando soluções em novos horizontes que começavam a surgir. Afinal, qual o passo seguinte de quem acerta os processos internos, resolvendo e agilizando seu dia-a-dia? O relacionamento externo – o conhecimento de seus clientes, de seus fornecedores, a cadeia de suprimentos.

Além das fronteiras

Os ERPs começaram então a se integrar com o mundo externo, melhorando a sua estrutura e olhando não só para dentro da empresa mas, principalmente, para fora delas. A Web passa a ser fator preponderante na nova estruturação dos sistemas ERPs.

As fronteiras entre empresa, clientes e fornecedores, começaram a ser quebradas, e continuam até os dias de hoje, conforme estudos do Gartner Group, que já apontam para o chamado ERP II, o próximo capítulo do ERP.

Conceitualmente, o ERP II rompe definitivamente as fronteiras entre as empresas, enfatizando o c-commerce, ou comércio de parceria, onde a qualidade da informação dada aos parceiros de colaboração será de vital importância para o sucesso dos negócios. O comércio de parceria é definido como aquele que envolve interações de parceria comercial por meio eletrônico entre uma empresa, seus parceiros de negócios e seus clientes, todos envolvidos em uma comunidade de negócios.

Mais uma vez, esta segunda visão dos aplicativos de gestão empresarial, o ERP II, impele aos fornecedores de soluções, novas estruturações em seus produtos, modernizando a infra-estrutura básica. O ERP passou a fazer parte de uma solução global e, agora, as empresas olham para ele como sendo uma porta para uma evolução comercial, e não mais como uma resolução de problemas internos.

A compra de um sistema de gestão deve ser muito bem analisada, mas é inegável que hoje os ERPs efetivamente agregam valores às empresas, e por isso o número de aquisições vem aumentando a passos largos.

Os ERPs continuam com grande nicho de mercado em nosso país, e ainda são as soluções mais viáveis para quem quer partir, bem estruturado, para soluções e-business. Casos relatados mostram que empresas que buscavam soluções CRM acabaram adquirindo também o ERP, para ser a espinha dorsal do processo.

Resumindo: para aqueles que estão se decidindo pela aquisição de um pacote de gestão, mostramos que este mercado precisa adaptar-se rapidamente às novas tecnologias.

Defina seu orçamento e escolha, então, de preferência, um fornecedor de ERP com grande capacidade de investimento, com fôlego para acompanhar as mudanças tecnológicas e adequar seu produto.

Procure produtos realmente desenvolvidos na Internet, e não aqueles com adaptações para a Internet. Escolha produtos de fornecedores que invistam para lhe garantir customização próximo a zero, no release atual e nos próximos. E, por fim, estruturem suas empresas investindo no fator humano, capacitando seu time de funcionários e key-users, para extrair o máximo de seu sistema de gestão empresarial.

Não importa a sigla, ou os próximos nomes de batismo dos sistemas de gestão. O fato é que sua evolução tecnológica é constante, e as empresas que decidirem pelo produto certo, estarão um passo a frente da concorrência.

|Computerworld – Edição 335 – 24/01/2001|

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