Apesar de a data limite ter sido o dia 30 de abril, a assinatura dos contratos entre as instituições financeiras e as concessionárias de telecomunicações, AT&T e Embratel, provedoras da infra-estrutura para o SPB(Sistema de Pagamentos Brasileiro) está atrasada. Há divergências entre as partes em função do preço dos links.
Apesar de a data limite ser até o dia 30 de abril, a assinatura dos contratos entre as instituições financeiras e as concessionárias de telecomunicações — AT&T e Embratel — provedoras da infra-estrutura para o SPB(Sistema de Pagamentos Brasileiro) está fora do prazo previsto. Há divergências entre as partes em função do custo dos links.
Milton Loureiro Júnior, executivo de tecnologia, do banco Mercantil do Brasil, demonstra preocupação com o atraso no cronograma, mas diz que são as próprias operadoras, as responsáveis pelo atraso do fechamento do contrato, em função de o Banco Central ter prorrogado a entrada em vigor do SPB para o dia 2 de janeiro, dando um tempo maior, para adequação dos fornecedores.
Paulo Candido de Oliveira, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Bancos (ABBC), afirma que o atraso está ligado às instituições financeiras, já que elas questionam como será o pagamento dos serviços: um link de 64 kbps custa R$ 1.813,00 e para 2 Mbits, R$ 10 mil.
Esse é outro impasse que atrasou as discussões jurídicas em torno dos contratos, uma vez que bancos menores, com um volume médio de 200 transações por dia, por exemplo, poderiam contratar um link inferior ao de 64 kbps. Isso significa que uma instituição financeira de grande porte pagaria menos, já que seu volume de operações/dia é muito maior , comenta Vanderlei Rigatieri Jr., vice-presidente de vendas da AT&T Latin America.
Em contrapartida, para resolver esse impasse, tanto a ABBC além das entidades de classe como também as próprias operadoras acreditam que a solução é fornecer benefícios às instituições financeiras menores. Ainda essa semana discutiremos de que maneira será negociado com os bancos.
De qualquer forma, José Antônio Eirado Neto, chefe-adjunto do departamento de informática do Banco Central do Brasil, garante que o impasse não implicará atrasos para que o SPB esteja operando efetivamente a partir do dia 2 de janeiro. Não haverá mais prorrogações porque as empresas de software, bancos, operadoras de telecomunicações entidades de classe, ou seja, todos os envolvidos no processo, estão empenhadas para que o sistema entre em vigor sem atrasos, conclui.
Prova disso é que, segundo Rigatieri, 20 instituições entre Banco Santos, BM&F, Bovespa, Itaú, etc. – já operam em fase de testes na rede.