Chairman da Nokia do Brasil, Sven Markelin, disse nesta terça-feira,6, ao Ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, que o Brasil não tem mercado para um investimento de US$ 3 bilhões, que seria o custo da implantação de uma indústria de semicondutores.
O presidente da Nokia do Brasil, Sven Markelin, disse nesta terça-feira, dia 6, ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, que o Brasil ainda não tem escala de mercado para justificar um investimento da ordem de US$ 3 bilhões, que seria o custo para a instalação de uma fábrica de semicondutores.
Apesar disso, o presidente da Nokia informou ao ministro, que a empresa está pensando em ampliar a sua planta de fabricação de celulares no País. Exportações fazem parte do projeto, e tanto é assim, que está tentando atrair a indústria de componentes de menor tecnologia para virem a se instalar no Brasil.
Não à toa, a fabricante trouxe ao Brasil, cerca de 40 fornecedores, que estiveram nesta terça-feira, em Manaus, conhecendo o Pólo Industrial. Para Sven, a capital amazonense seria o melhor local para a instalação da indústria de componentes, já que eles estariam próximos da área de produção da Nokia.
Segundo o Ministro Tápias, as indústrias de componentes investem 30% do seu faturamento todo ano. Todo o setor, no ano passado, faturou mundialmente cerca de US$ 200 bilhões e investiu cerca de US$ 60 bilhões. Este é um mercado que cresce numa taxa bastante elevada e então, nós gostaríamos que eles trouxessem um pedaço desse mercado aqui para o Brasil, disse Tápias.
O Ministro garantiu que essas indústrias de pequenos componentes poderão se instalar no País e serem beneficiadas com a nova lei de informática, que terá sua regulamentação complementada até a próxima segunda-feira. O presidente da Nokia, Sven Markelin, entretanto, disse que a briga judicial que envolve os governos federal e do Amazonas, por conta da lei de informática, atrapalha o País em atrair novos investimentos na área de componentes.
"Se não fossem essas discussões judiciais, como os questionamentos constitucionais do governo do Amazonas ao texto da Lei de Informática, seria mas fácil, tomar as decisões", disse ele.