Presidente da Telesp Celular, Abílio Henriques, explica que a concorrente, que atua no interior do Estado adota política de subsídios para crescer e ser vendida.
A Telesp Celular apresentou, nesta quinta-feira, 1, os resultados da organização. Um fato chamou a atenção: a operadora, começa a enfrentar uma concorrência efetiva no interior do Estado.
Até agora, a Tess, operadora da telefonia celular da banda B, já abocanhou 36% do mercado, fazendo a Telesp Celular cair dos confortáveis 78% de mercado, para um market share de 64%.
Na área metropolitana, no entanto, a Telesp Celular continua reinando com 62% de participação do mercado, batendo assim, a sua concorrente direta, a BCP. Em relação ao ano passado, a operadora cresceu 10%.
Abílio Ançã Henriques, presidente da Telesp Celular, comenta que a política da Tess está baseada em fortes subsídios e, sem poupar críticas, diz que a ação da concorrente é uma estratégia típica de quem está em busca de valorização no mercado para se colocar a venda posteriormente.
Empenhada em assegurar a liderança, o executivo garante que subsídio é uma política que não se encaixa ao objetivo da operadora. O planejamento está voltado para a consolidação no mercado. Tanto que a empresa já definiu cerca de R$ 700 milhões de investimento em expansão e capacidade de rede até o final de 2001.
A empresa já conquistou mais de 4,3 milhões de clientes, o que representa um salto de 50% em relação ao ano passado. Animado, Ançã apresenta o resultado líquido de R$ 152 milhões, que representa um aumento de 34,5% em relação a 1999. O lucro líquido saltou 35,6% e a EBITDA, ganhos obtidos antes do gasto com impostos e juros, cresceu 5,9%.