A inovação aberta deixou de ser experimental nas grandes corporações brasileiras. Quase três em cada quatro (73%) possuem iniciativas consolidadas com orçamento recorrente, e um terço (33%) mantém programas contínuos de colaboração com startups. É o que revela um estudo do Torq, hub de inovação da Evertec Brasil, feito em parceria com o Sling Hub. […]
A inovação aberta deixou de ser experimental nas grandes corporações brasileiras. Quase três em cada quatro (73%) possuem iniciativas consolidadas com orçamento recorrente, e um terço (33%) mantém programas contínuos de colaboração com startups. É o que revela um estudo do Torq, hub de inovação da Evertec Brasil, feito em parceria com o Sling Hub.
Para o relatório – chamado Inovação Aberta no Brasil – foram identificadas 87 empresas com iniciativas ativas de inovação aberta, sendo 33 respondentes de um questionário mais detalhado sobre práticas, desafios e perspectivas. Entre essas últimas, 76% dizem que querem manter ou ampliar investimentos em inovação aberta nos próximos anos, sendo que 33% planejam aumentar recursos e 43% manter valores atuais. Apenas 6% projetam redução.
“O estudo mostra uma virada de chave importante no ecossistema de inovação aberta no Brasil. Vemos uma presença crescente de multinacionais europeias e norte-americanas atuando em conjunto com grandes empresas locais, o que reforça o papel estratégico do País como um dos principais polos globais de inovação”, diz em comunicado Thiago Iglesias, head do Torq.
O estudo mostra que 57% das organizações mapeadas têm mais de 10 mil funcionários, e 75% têm sede no Brasil. São Paulo concentra 46%, seguido por Rio de Janeiro (15%) e Minas Gerais (11%). Setorialmente, finanças lidera as iniciativas (13%), seguida por indústria e energia com 11% cada. Educação e saúde empatam com 8%, enquanto TI e alimentos e bebidas (7%) completam o top 7, com 65% do ecossistema nacional.
“As companhias estão buscando não apenas testar novas tecnologias, mas também incorporá-las de forma estrutural ao negócio. Isso reforça o amadurecimento do ecossistema corporativo e o papel do Brasil como referência em inovação na América Latina”, diz João Ventura, CEO e fundador da Sling Hub.
Para os próximos dois anos, inteligência artificial e dados são vistos como os principais vetores de inovação, citados por 91% das empresas. Na sequência, eficiência operacional e automação aparecem com 79%, seguidas por energia e transição energética (45%), sustentabilidade/ESG (36%) e saúde e bem-estar (33%).
Na prática, as provas de conceito (POCs) são a principal forma de colaboração entre corporações e startups (91%), seguidas por contratação de soluções prontas (85%) e parcerias comerciais (82%). Na sequência, destacam-se os programas estruturados de aceleração, desafios e CVB (76%), e investimentos diretos ou via corporate venture capital (61%).
O estudo pode ser baixado nesse link.
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