Simplificação contra a complexidade de gerenciamento de múltiplas nuvens, que – ao contrário do que previsto alguns anos atrás – continua e deve continuar convivendo com data centers on-premises. Não é exatamente uma mensagem nova a trazida pela Nutanix em sua conferência NEXT desse ano, realizada em Chicago*, nos EUA, uma vez que a empresa […]
Simplificação contra a complexidade de gerenciamento de múltiplas nuvens, que – ao contrário do que previsto alguns anos atrás – continua e deve continuar convivendo com data centers on-premises. Não é exatamente uma mensagem nova a trazida pela Nutanix em sua conferência NEXT desse ano, realizada em Chicago*, nos EUA, uma vez que a empresa se dedica a esse tipo de solução faz algum tempo.
Mas é, sem dúvida, uma mensagem de longo prazo, que conta tanto com um anúncio de novas soluções para a Nutanix Cloud Plataform (NCP) como de um roadmap evolutivo – chamado de Project Beacon.
Novos recursos como o Nutanix Central, por exemplo, buscam dar aos usuários um console com visibilidade única, monitorando e gerenciando recursos hospedados em um data center on-premises ou em qualquer nuvem, privada ou pública. É uma forma de “quebrar os silos e gerenciar consistentemente dados e aplicações em qualquer lugar”, diz a empresa.
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“Há uma avalanche de aplicações sobre nós. O que é curioso é que geraremos mais aplicações nos próximos dois anos que nos últimos 40 combinados”, disse em seu keynote o CEO da Nutanix, Rajiv Ramaswami. “Vivemos em um mundo multicloud, e esses dados e aplicações estão rodando em muitos lugares.”
Fundada em 2009 e com sede na Califórnia, a Nutanix se dedica a vender software e serviços para gerenciamento de cargas de trabalho – setor no qual desafia a VMware. Obteve US$ 1,58 bilhão em receita no ano fiscal passado, 13% de crescimento com relação a 2021.
Outro recurso anunciado para a NCP é o Nutanix Data Services for Kubernetes (NDK), que promete dar aos desenvolvedores capacidade de gerenciamento de dados de aplicativos em contêineres e virtualizados on-premises ou qualquer nuvem. Isso inclui serviços de dados para aplicativos Kubernetes bem como mobilidade de dados entre nuvens.
Os dois recursos fazem parte de uma diretriz maior, o Project Beacon (Projeto Farol, em tradução livre), que quer como objetivo final permitir aos desenvolvedores escreverem aplicações uma vez e rodá-las em qualquer lugar e nuvem, sem necessidade de adaptações ou reescritas – trabalho muitas vezes penoso, que requer times dedicados (e caros) e com resultados nem sempre positivos.
“É aí que a Nutanix entra. É nosso trabalho reduzir a complexidade”, disse o CEO da Nutanix, citando um estudo feito pela própria companhia – o Enterprise Cloud Index. O levantamento indica que 99% dos CIOs ouvidos moveram alguma aplicação de uma nuvem para outra no último ano. E 86% concordam que o processo é complexo e caro.
No entanto, segundo a Nutanix, os serviços de plataforma (PaaS) oferecidos por grandes provedores de nuvem aprisionam as empresas (lockin), pois estão vinculados a nuvens públicas específicas. Isso aumenta custos caso os times de TI queiram mover aplicativos para um ambiente mais adequado. “O Projeto Beacon quer mudar isso”, disse Ramaswami.
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Na prática, o Beacon promete serviços de plataforma em console único, integrados à orquestração de contêineres e gerenciamento de ambientes. A ideia é oferecer uma experiência simplificada, automatizada, segura e fácil de governar.
Se o Beacon começa a partir da migração de bancos de dados, usados por toda sorte de aplicativos, o objetivo final é oferecer o Nutanix Database Service (NDB) como serviço gerenciado na nuvem pública. E depois expandir para serviços de plataforma de outra natureza, incluindo streaming, cache e pesquisa.
* o editor do IT Forum está em Chicago a convite da Nutanix