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Nvidia e Synopsys firmam parceria bilionária para acelerar a engenharia com IA e gêmeos digitais

A Nvidia e a Synopsys anunciaram uma parceria multianual com ambição de transformar o processo de engenharia em escala global. O movimento combina computação acelerada por GPU, IA agêntica e ambientes de simulação avançados para lidar com desafios que afetam equipes de P&D em setores como semicondutores, aeroespacial, automotivo, energia, industrial e saúde. Como parte […]

Publicado: 11/12/2025 às 16:22
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Nvidia e Synopsys firmam parceria bilionária para acelerar a engenharia com IA e gêmeos digitais
Construção civil — Foto: Reprodução

A Nvidia e a Synopsys anunciaram uma parceria multianual com ambição de transformar o processo de engenharia em escala global. O movimento combina computação acelerada por GPU, IA agêntica e ambientes de simulação avançados para lidar com desafios que afetam equipes de P&D em setores como semicondutores, aeroespacial, automotivo, energia, industrial e saúde. Como parte do acordo, a Nvidia investiu US$ 2 bilhões em ações da Synopsys, reforçando o peso estratégico dessa colaboração.

O anúncio, feito na página da empresa, destaca que a complexidade dos projetos, os ciclos de desenvolvimento cada vez mais curtos e o aumento de custos pressionam as equipes de engenharia a buscar ferramentas que permitam simular, validar e iterar projetos com mais rapidez.

Nesse contexto, a junção das tecnologias das duas empresas promete acelerar fluxos de trabalho historicamente limitados pela performance de CPUs tradicionais. A Nvidia aposta que, com seus GPUs e bibliotecas CUDA-X, simulações que vão do nível atômico à modelagem completa de sistemas poderão alcançar escalas inéditas, criando gêmeos digitais capazes de reproduzir comportamentos físicos com alta precisão.

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A Synopsys, que já detém protagonismo em soluções de design eletrônico e análise multidisciplinar, integra ao acordo seu portfólio de ferramentas para automação de projeto, verificação física, análise eletromagnética, simulações ópticas e modelagem molecular.

A união dessas tecnologias com a plataforma acelerada da NVIDIA deve ampliar o desempenho de workloads intensivos e liberar novos casos de uso. As empresas afirmam que a combinação é voltada para acelerar inovação e reduzir custos operacionais, especialmente em fases de prototipagem.

Um dos pilares do acordo é a integração entre o Synopsys AgentEngineer e o ecossistema de IA agentiva da Nvidia, que reúne microserviços NIM, modelos Nemotron e o NeMo Agent Toolkit. A proposta é criar fluxos de projeto autônomos, nos quais agentes inteligentes planejam etapas, executam análises e ajustam parâmetros de forma contínua. Essa camada de automação promete acelerar processos de EDA e permitir que engenheiros explorem mais variações de design em menos tempo, mantendo controle sobre restrições físicas e requisitos técnicos.

Outro vetor relevante é o uso de gêmeos digitais avançados baseados em Nvidia Omniverse e Nvidia Cosmos. As empresas planejam oferecer ambientes virtuais capazes de representar componentes e sistemas inteiros, conectando simulação física, comportamento dinâmico e validação de projeto em um único ecossistema. O objetivo é permitir que indústrias como robótica, mobilidade, energia e saúde antecipem problemas, testem cenários e otimizem produtos antes da fabricação.

A parceria prevê ainda soluções preparadas para nuvem, democratizando o acesso a computação acelerada para equipes de engenharia de diferentes portes. A Synopsys utilizará sua rede global de vendas e parceiros para levar as ofertas conjuntas ao mercado, enquanto expande acordos existentes que já incorporam tecnologias da Nvidia em suas plataformas.

Segundo as empresas, o acordo não é exclusivo e mantém abertas colaborações com outros participantes do ecossistema de design eletrônico e semicondutores. O anúncio reforça ainda que os avanços dependerão do ritmo de adoção da computação acelerada, da maturidade das tecnologias de IA e da evolução regulatória.

A CEO da Synopsys, Sassine Ghazi, ressalta que a demanda por sistemas inteligentes exige integração entre eletrônica e física, ampliada por IA e alto poder de processamento. Já Jensen Huang, CEO da Nvidia, aponta que o momento marca um salto na simulação digital, permitindo criar sistemas completos dentro do computador e acelerar descobertas em múltiplas indústrias.

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