A Reforma Tributária, aprovada após décadas de discussão, começa a gerar seus primeiros impactos concretos no planejamento das empresas brasileiras e a tecnologia desponta como o ponto mais crítico dessa travessia. É o que mostra o estudo inédito “Inovação e Transformações da Área Fiscal: Report Lumen IT 2025”, produzido pela Lumen IT a partir de […]
A Reforma Tributária, aprovada após décadas de discussão, começa a gerar seus primeiros impactos concretos no planejamento das empresas brasileiras e a tecnologia desponta como o ponto mais crítico dessa travessia. É o que mostra o estudo inédito “Inovação e Transformações da Área Fiscal: Report Lumen IT 2025”, produzido pela Lumen IT a partir de análises técnicas, entrevistas com especialistas e um levantamento proprietário com 44 companhias no País.
Segundo o relatório, 54% dos executivos apontam a adaptação tecnológica como o maior desafio da transição tributária. Na sequência, aparecem o entendimento das mudanças estruturais propostas pela Reforma (23%), o aumento dos custos fiscais (15%) e a possível perda de benefícios tributários (8%). Para a Lumen IT, os números refletem a dimensão de uma mudança que não é apenas regulatória, é operacional, estratégica e sistêmica.
“A reforma tributária representa uma transformação de ordem estrutural, um verdadeiro rompimento de paradigmas. E, embora a transição vá até 2033, já em janeiro de 2026 começaremos a sentir seus efeitos práticos em toda a organização – desde a precificação até o fluxo de caixa”, afirma Régis Lima, diretor executivo da Lumen IT. Ele destaca que mecanismos como o *split payment*, que vincula o recolhimento do imposto diretamente à emissão da nota fiscal, exigirão maior preparo financeiro e processos mais maduros.
O estudo reforça que a convivência simultânea entre dois regimes, o atual e o futuro, tornará o período de adaptação ainda mais complexo. E as empresas brasileiras não parecem prontas para isso: segundo dados da ROIT citados no documento, 85% das organizações não se consideram preparadas para a Reforma, enquanto uma pesquisa da NTT Data revela que quase 40% sequer iniciaram os ajustes necessários.
Outro ponto analisado é o fim da cumulatividade, mudança histórica que promete simplificação e alinhamento às práticas internacionais, mas que impõe uma revisão completa sobre cadeias produtivas, operações logísticas e até contratos. A Lumen IT ressalta ainda que os efeitos não serão homogêneos: indústrias com cadeias longas tendem a se beneficiar do crédito fiscal mais transparente, enquanto setores como serviços podem enfrentar aumento de carga tributária e perda de competitividade. A extinção gradual de benefícios de ICMS também exigirá reorganização de estratégias regionais consolidadas há anos.
Diante desse cenário, a digitalização fiscal deixa de ser tendência e se torna condição para sobrevivência. O avanço da inteligência artificial e de tecnologias de monitoramento em tempo real fortalecerá o controle do Fisco, ampliando a necessidade de revisão dos ERPs, atualização de integrações e criação de processos tributários mais inteligentes e auditáveis.
Para a Lumen IT, a Reforma inaugura um novo ciclo no ambiente de negócios brasileiro. A longo prazo, deve trazer mais transparência e previsibilidade. No curto e médio prazo, porém, representa uma jornada que exige investimentos, mudanças culturais e uma atuação mais estratégica das áreas fiscais, que passam a ter papel determinante na competitividade das empresas nos próximos anos.
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