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Ex-executivos do Google e Meta levantam US$ 100 milhões para criar startup de servidores de IA com alta capacidade

Três ex-líderes de silício do Google e da Meta anunciaram a captação de US$ 100 milhões para impulsionar uma nova geração de servidores voltados a workloads de inteligência artificial (IA). A startup, batizada de Majestic Labs, desenvolve uma arquitetura patenteada de chips que, segundo os fundadores, pode oferecer até mil vezes mais capacidade de memória […]

Publicado: 13/12/2025 às 09:41
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Ex-executivos do Google e Meta levantam US$ 100 milhões para criar startup de servidores de IA com alta capacidade
Construção civil — Foto: Reprodução

Três ex-líderes de silício do Google e da Meta anunciaram a captação de US$ 100 milhões para impulsionar uma nova geração de servidores voltados a workloads de inteligência artificial (IA). A startup, batizada de Majestic Labs, desenvolve uma arquitetura patenteada de chips que, segundo os fundadores, pode oferecer até mil vezes mais capacidade de memória do que os servidores corporativos disponíveis hoje, além de ocupar menos espaço físico e consumir menos energia.

A empresa foi criada por Ofer Shacham, Sha Rabii e Masumi Reynders, que trabalharam juntos em projetos de silício e hardware nas duas gigantes de tecnologia.

Shacham, agora CEO da Majestic, afirma que a proposta é resolver um gargalo crescente nos ambientes de IA: o limite entre poder de processamento e capacidade de memória. “As GPUs da Nvidia são excelentes, mas há cargas de trabalho intensivas em memória que precisam de uma abordagem diferente”, explicou o executivo à CNBC.

A tecnologia da Majestic permite comprimir o equivalente a até dez racks convencionais em um único servidor, reduzindo a necessidade de espaço, refrigeração e energia elétrica, um desafio central no atual boom de data centers. O sistema foi desenvolvido internamente, em uma abordagem semelhante à da Nvidia, e tem como alvo os grandes provedores de nuvem (hiperscalers) e corporações que treinam e rodam modelos de IA de larga escala, como bancos e empresas farmacêuticas.

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Os primeiros protótipos dos chamados “box servers” estão previstos para chegar ao mercado em 2027, e a empresa já negocia pré-vendas com potenciais clientes, embora não tenha revelado nomes. Com menos de 50 funcionários divididos entre Tel Aviv (Israel) e Los Altos (Califórnia), a Majestic planeja expandir as duas operações e levantar nova rodada de investimentos em 2026.

Crescimento em meio ao boom de data centers

O anúncio ocorre em um momento em que as gigantes da tecnologia ampliam fortemente seus orçamentos para infraestrutura. Apenas em 2025, Alphabet, Meta, Microsoft e Amazon devem investir juntas mais de US$ 380 bilhões em data centers, impulsionadas pelo avanço de modelos de linguagem e aplicações generativas.

Com o domínio da Nvidia no fornecimento de GPUs, outras empresas vêm buscando alternativas ou complementos. O Google, por exemplo, lançou recentemente o Ironwood, nova geração de seus TPUs (Tensor Processing Units), que será usada pela Anthropic no treinamento do modelo Claude.

Os três fundadores da Majestic Labs construíram suas carreiras em torno do design de chips e da gestão de hardware avançado. Shacham e Rabii venderam suas empresas, Chip Genesis e Arda Technologies, respectivamente, ao Google antes de ocuparem cargos de liderança em engenharia e silício. Já Masumi Reynders, atual COO, atuou por 15 anos no Google, chegando ao posto de diretora de produto e estratégia de silício.

Em 2018, o trio migrou para a Meta, onde criou o Facebook Agile Silicon Team (FAST), grupo dedicado a desenvolver chips customizados para a divisão de hardware da empresa. A equipe foi afetada pela reestruturação da Meta em 2023, e o encerramento do projeto levou os três executivos a se unirem novamente para criar a Majestic.

“Trabalhamos juntos por muitos anos, em diferentes companhias, sempre com a ideia de desenvolver algo disruptivo. Quando a IA se tornou onipresente, vimos a oportunidade de resolver os gargalos de memória e eficiência”, afirmou Reynders.

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