A acessibilidade à internet pode ser um grande problema para pessoas com deficiência visual. Se um site não é compatível com leitores de tela, visitantes com problemas de visão precisam da ajuda de outra pessoa para usar o site. Considerando que a maioria das empresas e organizações, desde o setor de saúde até a hotelaria, […]
A acessibilidade à internet pode ser um grande problema para pessoas com deficiência visual. Se um site não é compatível com leitores de tela, visitantes com problemas de visão precisam da ajuda de outra pessoa para usar o site.
Considerando que a maioria das empresas e organizações, desde o setor de saúde até a hotelaria, utiliza sites para interagir com seus clientes, é fácil compreender o problema. Embora o Americans With Disabilities Act (ADA) permita que indivíduos processem empresas por falta de acessibilidade, a Suprema Corte dos Estados Unidos pode estar prestes a reverter essa opção, o que poderia criar diversos problemas relacionados ao acesso à informação.
Visto que as IA generativas são baseadas em grandes modelos de linguagem (LLMs), elas podem ler sites e interagir com os usuários de forma verbal, tornando-se uma possível solução para o acesso à informação. (A acessibilidade física é um problema que pode ser abordado através de cadeiras de rodas autônomas ou próteses eletrônicas aprimoradas, mas isso é assunto para outro dia.)
A internet é um meio visual. Mesmo arquivos de áudio são encontrados e acessados visualmente. A primeira geração de assistentes digitais, como Alexa e Siri, são navegadores verbais que convertem perguntas em consultas web e, em seguida, leem de volta os resultados. No entanto, essas ferramentas são inadequadas para qualquer coisa fora de respostas simples a perguntas. Elas não conseguem preencher formulários ou mesmo ler ou navegar por sites.
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A IA generativa, que consome informações em sites e pode responder a comandos muito mais complexos, representa um grande avanço além desses assistentes básicos. Além disso, à medida que a IA generativa avança e aprende sobre seus usuários, ela pode desempenhar funções autônomas que, antigamente, exigiriam intervenção humana. Isso é conveniente para trabalhadores com visão, mas essencial para trabalhadores com algum nível de perda de visão.
Isso pode levar a um resultado interessante.
A necessidade de utilizar uma ferramenta como a IA generativa será muito maior para aqueles com problemas de visão, portanto, uma vez que eles tenham acesso a ela, esses trabalhadores devem se tornar proficientes rapidamente. Essa proficiência, especialmente para aqueles que trabalham remotamente (e não precisam navegar de e para o trabalho), não só melhorará massivamente sua própria produtividade, mas também pode permitir que eles superem colegas com visão que não usam rotineiramente ou não utilizam a IA de forma alguma. Observação: a IA generativa já está sendo usada para melhorar a acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiências.
Isso sugere que à medida que as ferramentas de IA avançam e as pessoas as utilizam cada vez mais, existe uma boa chance de que, pelo menos inicialmente, a combinação de IA e trabalhadores com deficiência visual seja maior do que a soma das partes.
Em resumo, as pessoas que mais se beneficiarão da IA generativa devem se tornar exemplos do que a combinação de seres humanos e IA pode alcançar; isso pode resultar em ferramentas que bloqueiam parcialmente a visão de funcionários com visão regular para que eles possam se concentrar melhor na interface da IA e na tarefa em questão. Esse cenário poderia ser um dos primeiros exemplos de como a IA pode aprimorar as pessoas (e a produtividade) ao aproximá-las da tecnologia e criar um vínculo mais integrado entre os funcionários e as ferramentas avançadas que eles utilizam.
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Parece que a Suprema Corte está prestes a enfraquecer muitas das regras da ADA que as pessoas com deficiência visual consideram essenciais para sua capacidade de funcionar em um mundo voltado para pessoas com visão. No entanto, a IA generativa pode ser a ferramenta que finalmente atende às suas necessidades de trabalho e lhes oferece um incentivo significativo para se tornarem especialistas em inteligência artificial. Essa expertise e produtividade aprimorada não apenas permitirão que eles igualem o desempenho de seus colegas, mas também podem ajudá-los a avançar em suas carreiras através do uso motivado dessas ferramentas. Já vimos que essas ferramentas podem aumentar a produtividade entre 30% e 80%. Para pessoas com deficiência visual, esse salto de desempenho deve ser ainda mais significativo.
No final, um dos grandes benefícios da IA em geral pode ser nivelar o campo de jogo para aqueles que têm deficiências – e a inteligência artificial generativa pode ter maior impacto para as pessoas com deficiência visual do que em qualquer outro grupo.
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