Realizado na sede da empresa em São Paulo nesta segunda-feira (24), a primeira edição do Stone ON trouxe um reforço do posicionamento da fintech, com foco em PMEs, assim como um vislumbre dos planos da companhia para 2026. Na abertura do evento, Pedro Zinner, CEO da Stone, relembrou o propósito da empresa de ajudar pequenos […]
Realizado na sede da empresa em São Paulo nesta segunda-feira (24), a primeira edição do Stone ON trouxe um reforço do posicionamento da fintech, com foco em PMEs, assim como um vislumbre dos planos da companhia para 2026. Na abertura do evento, Pedro Zinner, CEO da Stone, relembrou o propósito da empresa de ajudar pequenos e médios empreendedores a venderem e gerirem seus negócios, afirmando ainda este estava conectado ao momento escolhido para os anúncios realizados.
“Nós sabemos que este foi um ano difícil para o varejo, mas também sabemos que o 4° trimestre é quando muitos fazem quase um terço do faturamento do ano, e queremos que eles possam aproveitar isso ao máximo”, disse.
Com dados cruzados do Índice Varejo Stone e o IBGE, a companhia divulgou uma queda do mercado varejista em 2025. Se entre 2021 e 2024, o setor cresceu em torno de 58%, este ano o ritmo das vendas passou a operar perto ou abaixo do nível do ano passado, com o terceiro trimestre registrando uma queda de 0,6% contra o mesmo período em 2024.
“Em 2023, a gente tinha uma taxa de juros projetada em torno de 9% para este ano, mas a realidade são taxas de, aproximadamente 15%, e sabemos o impacto desse cenário macro para o empreendedor”, afirmou o CEO.
Ainda assim, uma pesquisa realizada pela Stone em parceria com a Provokers com 1.800 empreendedores de cidades grandes e médias, mostrou que o sentimento geral é de otimismo em algumas regiões do país.
No Centro-Oeste e no Sul, o sentimento de otimismo cresceu entre agosto e novembro deste ano – 61% para 71%. Já no Sudeste, o olhar para o futuro do negócio é de maior pessimismo, com a confiança caindo de 72% para 59%. O mesmo ocorre no Nordeste, que diminui seu otimismo de 68% para 64%.
O estudo também mostrou que, diante do cenário, os maiores desafios dos PMEs são vender mais (34%), acesso ao crédito (33%) e gestão do negócio (33%). Pensando nisso, a companhia anunciou durante o evento, diversas soluções para atender à estas demandas como a venda por assinatura e a pré-autorização na maquininha, buscando trazer mais previsibilidade de receita; o TapStone, que transforma o celular em maquininha; e a possibilidade de realizar pagamentos via pix no crédito e no boleto parcelado.
Buscando crescer entre os PMEs mais maduros, a fintech também ampliou seu portfólio com sistemas de gestão embarcados com inteligência artificial (IA), como o Minhas Finanças, que centraliza entradas e saídas de dinheiro; o Raio-X Delivery, que exibe as vendas das plataformas de delivery dia a dia, incluindo previsão de pagamentos e auditoria das taxas cobradas por pedido; e a Gestão de Funcionários, solução para organizar, remunerar e dar suporte à equipe, que inclui funcionalidades como o Bate Ponto (com reconhecimento facial na maquininha) e o Pagamento de Salários.
“Queremos nos colocar como parceiros dos nossos clientes. Porque essa é uma complexidade nova na vida desses empreendedores. E faz todo sentido a gente apoiá-lo a cuidar das pessoas dele”, afirmou João Misko, diretor de Produtos da Stone.
Os próximos passos nesse cuidado, segundo Lia Matos, diretora de Estratégia e Marketing da Stone, será por meio da constância e pela ampliação da participação da empresa no mercado de crédito e banking, visto como um foco importante para 2026. “Se olharmos a evolução da companhia, já temos uma participação de mercado bastante alta no nosso segmento, mas quando olhamos para as soluções de conta e de crédito, a Stone se enxerga um pouco ainda no começo, tem muita coisa pra gente construir”, afirma a executiva.
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Apesar de já possuir inteligência artificial embarcada dentro de sua plataforma, durante o Stone ON, Zinner declarou que a tecnologia é o terceiro pilar base da companhia e que será um ponto central dos lançamentos de 2026. O objetivo, segundo o executivo, é não apenas viabilizar o uso da IA, como torná-la uma ferramenta de aumento de produtividade e facilidade na gestão do próprio cliente.
“A IA já faz parte da nossa forma de operar, desde o desenvolvimento de produto até o nosso atendimento ao cliente. Mas no nosso próximo webinar, em março, vamos trazer a AI para resolver o desafio dos nossos clientes.”
Segundo Misko, diretor da Stone, o desenvolvimento e os anúncios tem sido aos poucos para que o próprio cliente possa se adaptar às novas soluções e utilizá-las ao seu favor. “Com produtos como o Minhas Finanças nós já demos um primeiro passo dos insights que a IA pode trazer aos clientes, mas aqui tem uma agenda grande de evolução que passa por uma educação desses empreendedores”, declarou.
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